domingo, 21 de setembro de 2008

5 minutos

- Bom dia!
- A janela permite a entrada do sol no meu quarto pela manhã. Penso que seja melhor ir dormir e acordar na praia porque o risco de insolação deve ser menor naquela areia imunda e fétida. São sete da manhã; acordo e abrir os olhos já é motivo de alegria para o mundo. Pássaros cantam, é possível? É fácil escutar minha respiração. Suspiro e sinto o ar entrando e saindo de meus pulmões – que já devem estar consideravelmente danificados com os cigarros de meu pai. Sento na cama. Pensa que levanto? Relaxo minha coluna e deito novamente. Fecho os olhos já que não me alonguei para todo esse esforço físico de manter as pálpebras levantadas. É cedo demais para esportes. Dormir seria perder tempo. Sento e decido sair da cama. Respiro fundo. Levanto e coloco um Moto-contínuo para tocar. É obvio que volto para meu verdadeiro lar. Não demoro muito para sentar diante do espelho e começo a dar um nó em meu cabelo. Respiro fundo como o fundo do fundo do fundo poço. Agora de pé e lentamente saio, não vou fazer muita coisa. Já é sabido: café. Com a xícara na mão retorno ao ambiente irritantemente iluminado, Injuriado. Começo a andar tomando o café. Lenta. Calcei os chinelos marrons, os laranjas eram alegres demais e os brancos pálidos demais e eu demais chata pela manhã. Já ingeri algo. Acho que vou começar o dia. É. Está decidido. Atravesso o corredor em frente ao quarto; adentro no banheiro onde escovo os dentes e lavo o rosto com o fedorento sabonete de cupuaçu (nem lembro por que uso). A cortina rosa que deixa o quarto mais rosa ainda pede para ser aberta. Tola. Meu dia vai começar. Entro no quarto. Coloco o cobertor do lado do travesseiro; é que não posso deitar por cima dele. Começou. Retornamos com A volta do malandro.

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