sábado, 27 de setembro de 2008
domingo, 21 de setembro de 2008
5 minutos
- Bom dia!
- A janela permite a entrada do sol no meu quarto pela manhã. Penso que seja melhor ir dormir e acordar na praia porque o risco de insolação deve ser menor naquela areia imunda e fétida. São sete da manhã; acordo e abrir os olhos já é motivo de alegria para o mundo. Pássaros cantam, é possível? É fácil escutar minha respiração. Suspiro e sinto o ar entrando e saindo de meus pulmões – que já devem estar consideravelmente danificados com os cigarros de meu pai. Sento na cama. Pensa que levanto? Relaxo minha coluna e deito novamente. Fecho os olhos já que não me alonguei para todo esse esforço físico de manter as pálpebras levantadas. É cedo demais para esportes. Dormir seria perder tempo. Sento e decido sair da cama. Respiro fundo. Levanto e coloco um Moto-contínuo para tocar. É obvio que volto para meu verdadeiro lar. Não demoro muito para sentar diante do espelho e começo a dar um nó em meu cabelo. Respiro fundo como o fundo do fundo do fundo poço. Agora de pé e lentamente saio, não vou fazer muita coisa. Já é sabido: café. Com a xícara na mão retorno ao ambiente irritantemente iluminado, Injuriado. Começo a andar tomando o café. Lenta. Calcei os chinelos marrons, os laranjas eram alegres demais e os brancos pálidos demais e eu demais chata pela manhã. Já ingeri algo. Acho que vou começar o dia. É. Está decidido. Atravesso o corredor em frente ao quarto; adentro no banheiro onde escovo os dentes e lavo o rosto com o fedorento sabonete de cupuaçu (nem lembro por que uso). A cortina rosa que deixa o quarto mais rosa ainda pede para ser aberta. Tola. Meu dia vai começar. Entro no quarto. Coloco o cobertor do lado do travesseiro; é que não posso deitar por cima dele. Começou. Retornamos com A volta do malandro.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
7 minutos
Faltasse a corda para a brincadeia dos pulos está por todo certinha.
Um beijo.
Opa! Calma e silêncio que faz bem.
Alguém intimida sem precisar de maiores palavras, sem delongas. Uma espécie de casmurro - assim como o machadiano - no alto de sua chatice e mau-humor intringa com o modo encantador como consegue se dirigir a alguém; olhar por vezes irritante, ouvidos - para meu prazer - atentos. Os ouvidos são necessários, mas eles nem sempre só ouviram. Na verdade, o fato de que eles bem ouviam não implicava em um completo silêncio. Gostei de ouvir algumas coisas. Interessante. Inquiridores? Não; se pudessem ser, gostaria que fossem comigo diante de um simples espelho.
Simples observações cara a cara e as palavras nem careciam ser ditas. Agir, sentir calados. Os sons do silêncio sempre nos foram mais agradáveis, menos perigosos e capazaes de transmitir as idéias tidas. Objetivas.
Obs: tenho certeza que não há de chover quando nos vermos; o tempo é mais pilantra que eu...se é.
Um beijo.
Opa! Calma e silêncio que faz bem.
Alguém intimida sem precisar de maiores palavras, sem delongas. Uma espécie de casmurro - assim como o machadiano - no alto de sua chatice e mau-humor intringa com o modo encantador como consegue se dirigir a alguém; olhar por vezes irritante, ouvidos - para meu prazer - atentos. Os ouvidos são necessários, mas eles nem sempre só ouviram. Na verdade, o fato de que eles bem ouviam não implicava em um completo silêncio. Gostei de ouvir algumas coisas. Interessante. Inquiridores? Não; se pudessem ser, gostaria que fossem comigo diante de um simples espelho.
Simples observações cara a cara e as palavras nem careciam ser ditas. Agir, sentir calados. Os sons do silêncio sempre nos foram mais agradáveis, menos perigosos e capazaes de transmitir as idéias tidas. Objetivas.
Obs: tenho certeza que não há de chover quando nos vermos; o tempo é mais pilantra que eu...se é.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Programinha
Passos rápidos porque já sabe o que vai acontecer. Batatas? É, por que batatas temos de passar em caixa antes de pegarmos os pães? Boa tarde. E aí, o que fazer?
a) finge que não ouve - é aceitável, a padaria está cheia mesmo;
b) não responde - mas seria tão grosseiro de sua parte;
X) respira fundo e responde - era o jeito.
Pães? Sim, sete por favor. Só?
a) finge que não ouve - é aceitável, a padaria está cheia mesmo;
b) não responde - mas seria tão grosseiro de sua parte;
X) respira fundo e responde - era o jeito.
Pães? Sim, sete por favor. Só?
- Não. O que é que tem mais?
Achou que fosse essa a resposta? Não. Ninguém aqui achou nada, muito menos o rapaz do caixa da padaria da esquina da rua da minha casa. Ele sabia que a resposta era transformando sua pergunta em uma afirmativa. Tolo. Para tentar falar mais um pouco, demora pra contar o troco; levanta várias notas e analisa uma por uma, como que escolhendo quais iria repassar.
- Tudo bem, com você?
Pausa para os comercias. Ou: FICAMOS (eu) FORA DO AR POR ALGUNS INSTANTES.
Um chiado e a programação volta ao normal.
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