O choro dela também me fez caírem algumas lágrimas. Foi algo sem controle. Passaram-se alguns minutos e os dias se acumularam juntamente com as gargalhadas do teatro antigo. E no mês dez desses mesmos antigos deve ter aflorado algum sentimento entre os seis olhos e esses fizeram-se uma voz que acordou:
- Gosto.
Acertados os ponteiros, logo se observou que o menor, o das horas, caminha menos que o dos minutos, teimoso em explorar mais e mais os limites daquele mundo. Os encontros dos dois eram importantes.
Os minutos pareciam não querer dar mais alguns passos, completar uns quatro talvez, percebendo que há também um ponteiro vermelho: os segundos. A hora é trocada pelo segundo. O problema é deixar na vista que a procura é por mais velocidade porque é assim que os segundos são, vêem mais coisas.
O triste é que numa casa com crianças, objetos que fazem tic e TAC não sobrevivem intactos por muito tempo. Estando os segundos e os minutos acima. Quando o vidro rompe, eles saem num vôo involuntários. As horas ficam ali, uma ao lado da outra. Seguras de si. Acho que são amigas.
À Dúvida.