sábado, 14 de novembro de 2009

Matisse e as minhas reflexões

Na sexta à noite fiquei um pouco muito desapontada porque o “Matisse: Escritos e reflexões sobre a arte” está disponível apenas para consulta na biblioteca da Ufal. É um livro para, antes de tudo, parar e admirar o livro o seu design. E depois de muita informação, ler. Ler com calma. Mas o Matisse só pode ser consultado, como se o Livro fosse apenas um catalisador do conhecimento que queremos.

O problema do “Matisse: escritos e reflexões sobre...” é que ele é arte. E para os bibliotecários que têm por função promover uma burocracia organizada, sendo arte, tem um valor: o da inacessibilidade.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Thayná

Muro de lá casa com uma vizinha de nove anos:
Fim de festa da casa amarela.

Foto minha

sábado, 5 de setembro de 2009

o caderno de bilhetações

No meio desse monte de coisas que eu e mais um time de futebol de formigas estamos fazendo, até tenho escrito algumas poucas coisas e quase nenhuma delas passou por aqui. A preguiça toma conta de mim. O que escrevo nas madrugadas, ao que parece, pelas madrugadas ficam e elas, já amanhecidas, ficam com um gostinho de pão velho, sabe? Acho que todo mundo já comeu um desses com um café morno que deixa juntar aquela borra com gosto de nada no fundo da xícara.

Preciso voltar aqui mais vezes.

Qual o valor do bilhete, moço?

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Pobreza

Perguntou primeiro se aceitava chá:

- Verde, por favor.

Os pés estavam em sintonia com o resto do corpo. Sentou-se ereto, cruzou as pernas e lá ficou esperando pelo chá (Verde). Abriu seu best-seller e com seu chá (Verde) começou a ler, não com seus olhos verdes.

terça-feira, 30 de junho de 2009

(Quase) 4 minutos

O choro dela também me fez caírem algumas lágrimas. Foi algo sem controle. Passaram-se alguns minutos e os dias se acumularam juntamente com as gargalhadas do teatro antigo. E no mês dez desses mesmos antigos deve ter aflorado algum sentimento entre os seis olhos e esses fizeram-se uma voz que acordou:

- Gosto.

Acertados os ponteiros, logo se observou que o menor, o das horas, caminha menos que o dos minutos, teimoso em explorar mais e mais os limites daquele mundo. Os encontros dos dois eram importantes.

Os minutos pareciam não querer dar mais alguns passos, completar uns quatro talvez, percebendo que há também um ponteiro vermelho: os segundos. A hora é trocada pelo segundo. O problema é deixar na vista que a procura é por mais velocidade porque é assim que os segundos são, vêem mais coisas.

O triste é que numa casa com crianças, objetos que fazem tic e TAC não sobrevivem intactos por muito tempo. Estando os segundos e os minutos acima. Quando o vidro rompe, eles saem num vôo involuntários. As horas ficam ali, uma ao lado da outra. Seguras de si. Acho que são amigas.

À Dúvida.

sábado, 16 de maio de 2009

Meus 19 anos

Hoje o dia foi corrido. Mas acho melhor começar essa descrição por ontem. Assisti aula de Latim à tarde e não sei por que o professor corrigiu todas atividades que havia medicado (escrevo “medicado” porque aquele aluno que não fizer e for mal na prova vai sentir falta dos pontinhos que são atribuídos a essas tarefinhas). Passei uma hora e meia lá (preciso entrar em detalhes do LÁ?). Pausa pra o momento singelo: Diogo me presenteou, com “E o vento levou” e “Grease”; nem precisava por N motivos que não vou listar agora. Encontrei Marcelo e pedi desculpas pela ausência no show da GZ no último sábado, mas a minha habilidade de subir em calçadas estava em baixa - na sexta dia 8, acabei torcendo o pé numa calçada que há uns sete anos está em construção. Não dava pra ir manca, imaginem a cena. Pareceu história de trancoso, como já diz minha vó, mas foi verdade. Ah e vale ressaltar que depois de torcer o pé, uns dez segundos depois, fui assaltada e um rapaz muito simpático levou meu celular.

Características do celular: velho bem velho; desligava-se sozinho quando posto em lugar apertado, tipo a mão humana o segurando e também travava sem nem desligar, nem ligar que dirá telefonar pra alguém.

Até aí tudo normal. Voltemos pro ontem, pois. Andei, enfim com o trabalho de Linguística Aplicada, conversando com Diogo e reinando em livros achamos algo a refletir e apresentar para a turma, não sei quando e muito menos onde. Jantamos e um grupo de alunos do curso de dança da Ufal propôs alguma apresentação no restaurante universitário, jurávamos, Ari (que estava na mesa ao lado) que seria qualquer coisa mais... mais... mas...

Eles dançaram “Cry me a river” do jeitosinho Justin Timberlake.

Assisti aula de Aquisição da Linguagem à noite e voltei. De ônibus. Demorei um pouco, só uns qua... quarenta segundos pra que o busão chegasse. Chegou; e em quinze minutos estava em casa.

Mentira que você acreditou?

Demorei uns quarenta minutos pra pegar o ônibus. Fui em pé todo o caminho. A viagem dura quase nada pra quem tá acompanhado, só mais uns quarenta minutos. E eu lá, né? Com meu pé doloridíssimo. Cheguei em casa, enfim. Cheguei? Ah, sim. Revirei alguns papéis e comecei um outro diário porque o anterior já era. Escrevi sobre meu querido amigo Kássio Neris. E Depois fui dormir.

Acordei às 5h45min. Fui para mais um dia de experimentação com o querido Folia das Letras, mas só olhei porque meu pé estava um pouco f_ _ _ _ _ ... As coisas fluíram nos trabalhos de ontem, com destaque para as reinações de Lica que provocaram risos sem controle em nós, plateia (Ilka, Gláucia e eu), e até em seus companheiros de palco por ontem. Findado o agradável encontro fui para Ufal, aula de Libras e no caminho recebi uma mensagem que lembrou

- É meu aniversário

A querida Ilka deu o primeiro abraço. Algumas outras queridas pessoas também demonstraram gestos de carinho. Ganhei um Martin de MagnoQueridoDemais. Expliquei a Daniel que dormira pouco na noite anterior e estava muito cansada e por isso gostaria de ir embora... Resposta dele?

- Menina, o que vc ainda está fazendo aqui? Vá pra casa dormir!

Reconheci que Libras é mara. Ainda na Ufal encontrei meus amigos físicos, sempre divertidos; conversamos um pouco e rimos também sobre algumas últimas coisas. Encontrei Thiago Cavalcanti, vulgo e carinhosamente Estrôncio que me deu carona pra casa. Cheguei em casa comi uma bolacha estranha que estava à mesa e fui ler os e-mails. Recebi ligações. Recebi mensagens de aniversário, mas destaco duas:

Fellipe Ernesto, do blog Olhos, deixou-me o singelo recado:

“Um conto com Clarice.

Apanhe um livro, sente-se num lugar de sua preferência, abra-o e leia-o. Peça um café, com açúcar a gosto. Se desejar, solicite um salgado, leve uma companhia. Comemore esse dia, com ou sem salgados.
Sobre escadas e contingências, você pode estar sentada à cabeceira da mesa, erecta, definitiva, maior do que você mesma. Será que hoje não vai ter jantar e amigos, pode meditar você. A morte não é o seu mistério: há longa vida em seus olhos, futuro para seus desejos, e sonhos a realizar. E a vida se encarregará de mostrar esse caminho e as esquinas que estarão cruzadas a ele.

Felicidades, Su.
Desejo realizações em sua vida, paz sempre.”

Magno Almeida também registrou algoEspecial:

“Um dos meus maiores presentes na brusca mudança feliz que fiz.
Um dos maiores presentes do ano que vivi.
é justo eu ganhar o presente sendo que vc é a aniversariante?

‘Amigo, pra mim, é diferente. Não é um ajuste de um dar serviço ao outro, e receber, e saírem por este mundo, barganhando ajudas, ainda que sendo com o fazer justiça aos demais. Amigo pra mim é só isto: é a pessoa com quem a gente gosta de conversar, do igual ao igual, desarmado.
O de que um tira prazer de estar próximo.’

Você.”

Num dia que também é aniversário de meu avô João, dá até pra pensar que o dia não foi bom. Engano. Apesar da correria dos últimos dias e da sensação de que as coisas só estão dando errado, existem pessoas que fazem você atinar pra o fato de que tem algo a mais pra se ver, se fazer, sentir, permitir...

Lá vou eu conferir!

Meu aniversário de 19 anos, agora. É ainda é meu aniversário de 19 anos até o próximo dia 15 de maio.

sábado, 18 de abril de 2009

Puellae


Alguém deve ter criado o dia do Amigo  como mais uma data para externar o que não temos o hábito de dizer. Não é por causa dessa data, mas é aproveitando essa ocasião que deixo registrado meu amor e agradecimento as minhas amigas, Karlly, Gabb e Duda. Antes de tudo somos sinceras e companheiras umas das outras, prontas a dizer um não e a medir os sins pra que eles não sejam excessos. É somente um obrigada, em público, pela presença de vocês todo esse tempo no meu mundo. 
A piada do pintinho? Sei não...

quarta-feira, 18 de março de 2009

Miudinho

Conheci meu vô como o famoso Zé Miúdo da Boa Vista.

 - MEU VÔ.

Nome como sou chamada por ele. Algo quer fazer o miúdo está querendo desaparecer, mas ele existe vai continuar... só é miúdo de ver.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Sagrado


Sebastião continua dormindo. Depois de ontem, com toda a agitação que enfretou, o cansaço iria derrubá-lo. Pela primeira vez atravessou a rua. Era 5h da manhã e o perigo não devia ser tão grande assim. Os primeiros ônibuas já circulavam e os motoristas podiam não ver aquele ser tão pequeno; entretanto, Sebastião os via, mesmo que cego de um de seus olhos já embotados, apesar da pouquíssima idade. Sebastião conheceu o mundo. Estava só e sem a companhia daqueles que nem chegou a amar e/ou conhecer. A ferida nas costas incomodava e andar era algo que ele ainda estava aprendendo.

Sebastião agora dorme sossegado.

Obs.: Sebastião é um filhote de gato que adotei ontem.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Parafrasear

Se  você fosse meu

e não mais um

as quatro estações eu lhe daria

pra lhe tornar meu joão

uma história eu contaria

minha reação ao que eu vi

a mais bela sintonia

fui roubar  pra minha rotina

sua poesia de outrora

não por inveja ou inzona

nem vingança ou adorno

debaixo das condições

meu joão de verdade.